O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com o Correio na manhã desta sexta-feira (18/8) e comentou sobre a quebra de sigilo autorizada na noite de ontem, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ex-chefe do Executivo falou que a situação o incomoda, mas que não vê problema em ter os dados de suas contas bancárias acessados.
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Ligação do Lira
“Sem problema nenhum. Lógico que tudo incomoda, mas não tem problema nenhum“, assegurou Bolsonaro. De acordo com ele, o caso das joias sauditas é o “único problema que está tendo no governo”, e isso só está acontecendo por uma má interpretação da legislação.
“Todo mundo com boa-fé, quando vê a legislação, diz que não tem problema”, declarou. “Recebi uma ligação ali agora do (Arthur) Lira (presidente da Câmara dos Deputados) falando sobre esse caso, todos os ex-presidentes passaram por isso. A legislação é confusa, de 1991 se eu não me engano. Teve uma portaria do final de 2018 do governo Temer e ali está escrito que o que é personalíssimo... que quem diz que presente é personalíssimo ou não é um órgão da Presidência e tem que começar por aí.”
Confissão de Mauro Cid
Bolsonaro também comentou sobre a provável confissão de Mauro Cid, que deve apontar o ex-presidente como mandante dos crimes. A informação foi confirmada por Cezar Bitencourt, advogado de Cid, em entrevista à revista Veja e ao jornal lO Globo, na noite de quinta-feira (17).
“Eu li a matéria [da Veja], não achei nada que houvesse contra mim ali”, disse Bolsonaro. “O tempo vai esclarecer tudo isso aí”, afirmou.
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