Investigação

CPMI de 8/1: deputados questionam relação de hacker com atos golpistas

Em depoimento nesta quinta-feira (17/8), Walter Delgatti Neto decidiu ficar em silêncio diante das perguntas feitas por parlamentares bolsonaristas

CPMI dos atos golpistas recebe hacker Walter Delgatti em oitiva -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
CPMI dos atos golpistas recebe hacker Walter Delgatti em oitiva - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Aline Brito
postado em 17/08/2023 17:12 / atualizado em 17/08/2023 17:13

Os deputados apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) questionaram a relação de Walter Delgatti Neto com os atos golpistas de 8 de janeiro. Após depoimento do hacker na manhã desta quinta-feira (17/8), em que apontou envolvimento do ex-presidente e da deputada Carla Zambelli (PL-SP) com uma suposta fraude no código-fonte das urnas eletrônicas, Delgatti decidiu não responder às perguntas feitas pelos parlamentares bolsonaristas, que levantaram dúvidas sobre o propósito da oitiva.

“O 8 de janeiro deve passar, de alguma forma, por essa oitiva. Eu ainda estou tentando analisar para ver como se encaixa. Eu imagino um monte de crianças montando um quebra-cabeças e, aquela peça que não encaixa, ela tenta cortar para encaixar ali dentro. É isso que o governo tem tentado fazer”, alegou o deputado Marco Feliciano (PL-SP).

A CPMI tem como foco investigar os atos de ação e omissão ocorridos em 8 de janeiro de 2023, que resultaram em invasão e vandalismo nas sedes dos Três Poderes da República, em Brasília. De acordo com os parlamentares da oposição, o depoimento do hacker não deixou claro a relação das alegações feitas por ele com o resultado dos ataques golpistas do início do ano.

“A esquerda está se utilizando de um soldado criminoso para retirar os objetivos dessa apuração. Tenho certeza que o senhor Delgatti não invadiu os prédios em 8 de janeiro. Está comprovado que não tem qualquer validade para essa CPMI os relatos desse criminoso”, afirmou o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ).

“Estamos diante de uma fraude. Estamos diante de um senhor que passou pelos problemas que ele disse que passou durante a infância e que, em dado momento da sua vida, fez uma opção. Essa opção foi virar criminoso, estelionatário, mentiroso contumaz”, apontou o deputado Filipe Barros (PL-PR). “De todo esse depoimento, o que fica é a frase que ele falou fora daqui, em que ele disse que faria o que for preciso para ajudar o Lula”, concluiu o parlamentar.

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