CPMI DO 8 DE JANEIRO

Defesa de Bolsonaro vai apresentar queixa-crime contra hacker

A medida vem após o hacker declarar à CPMI que Bolsonaro assegurou um indulto a ele em troca de uma operação que simulava fraude eleitoral

Na CPMI, o hacker Walter Delgatti fez acusações contra o ex-presidente Bolsonaro
 -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Na CPMI, o hacker Walter Delgatti fez acusações contra o ex-presidente Bolsonaro - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Correio Braziliense
postado em 17/08/2023 14:33 / atualizado em 17/08/2023 14:35

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro vai apresentar uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti por calúnia. A medida vem após o homem declarar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, nesta quinta-feira (17/8), que o ex-chefe do Executivo assegurou um indulto a ele em troca de uma operação que simulava fraude eleitoral. A ideia era a de que um código-fonte fake seria criado por Delgatti para simular uma falha nas urnas eletrônicas. 

As informações são da Globonews. O Correio tenta contato com o advogado Fabio Wajngarten para confirmar, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

O que disse o hacker

Bolsonaro, de acordo com Delgatti, disse que não entendia sobre o funcionamento das urnas e determinou que o hacker fosse ao Ministério da Justiça, junto ao coronel Marcelo Câmara, para conversar com técnicos da pasta.

"Ele me disse que eu estaria ajudando a salvar o Brasil. A ideia era de que eu receberia um indulto do presidente. E ele havia concedido o indulto a um deputado federal (Daniel Silveira) e como eu estava com cautelares que me proibiam de acessar a internet e trabalhar, eu visava esse indulto", relatou o hacker.

 
 
 
Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Correio Braziliense (@correio.braziliense)

Resposta de defesa

Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), rebateu o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto por meio das redes sociais. O advogado escreveu no Twitter que “em nenhum momento sequer cogitaram a entrada de técnicos de informática, muito menos alpinistas tecnológicos na campanha”.

“É muita gente tentando buscar holofotes e fogo. Haja bombeiros para reconstruir a verdade”, disse. A defesa de Bolsonaro alega desconhecer qualquer reunião individual com o hacker e nega, ainda, que tenha existido qualquer grampo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação