A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro vai apresentar uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti por calúnia. A medida vem após o homem declarar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, nesta quinta-feira (17/8), que o ex-chefe do Executivo assegurou um indulto a ele em troca de uma operação que simulava fraude eleitoral. A ideia era a de que um código-fonte fake seria criado por Delgatti para simular uma falha nas urnas eletrônicas.
As informações são da Globonews. O Correio tenta contato com o advogado Fabio Wajngarten para confirmar, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
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O que disse o hacker
Bolsonaro, de acordo com Delgatti, disse que não entendia sobre o funcionamento das urnas e determinou que o hacker fosse ao Ministério da Justiça, junto ao coronel Marcelo Câmara, para conversar com técnicos da pasta.
"Ele me disse que eu estaria ajudando a salvar o Brasil. A ideia era de que eu receberia um indulto do presidente. E ele havia concedido o indulto a um deputado federal (Daniel Silveira) e como eu estava com cautelares que me proibiam de acessar a internet e trabalhar, eu visava esse indulto", relatou o hacker.
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Resposta de defesa
Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), rebateu o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto por meio das redes sociais. O advogado escreveu no Twitter que “em nenhum momento sequer cogitaram a entrada de técnicos de informática, muito menos alpinistas tecnológicos na campanha”.
“É muita gente tentando buscar holofotes e fogo. Haja bombeiros para reconstruir a verdade”, disse. A defesa de Bolsonaro alega desconhecer qualquer reunião individual com o hacker e nega, ainda, que tenha existido qualquer grampo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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