Investigação

Polícia Federal apreendeu quatro celulares com Frederick Wassef

Ex-advogado de Jair Bolsonaro foi alvo de uma busca após admitir ter recomprado por quase US$ 50 mil o relógio de luxo vendido irregularmente por assessores do ex-chefe do Executivo

No último dia 11, o advogado foi um dos alvos de Operação da PF que investiga a tentativa de venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
No último dia 11, o advogado foi um dos alvos de Operação da PF que investiga a tentativa de venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Camilla Germano
Ingrid Soares
postado em 17/08/2023 11:55

A Polícia Federal (PF) teria recolhido quatro celulares com Frederick Wassef, ex-advogado de Jair Bolsonaro (PL), durante busca pessoal autorizada pela Justiça na noite de quarta-feira (16/8).

Segundo a CNN, a PF deixou o restaurante em São Paulo onde Wassef foi localizado portando os quatro aparelhos, dois em posse pessoal dele e os outros dois no carro dele, que também foi revistado.

Entenda a ação da PF

A ação da PF ocorre após Wassef ter admitido, na terça-feira (15), ter recomprado por quase US$ 50 mil o relógio Rolex Day-Date 18946, feito à base de ouro branco, vendido irregularmente por assessores de Bolsonaro. “Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República”, afirmou ele.

No último dia 11, o advogado foi um dos alvos da Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal (PF), que investiga a tentativa de venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro. Na época, ele afirmou sofrer uma campanha de "fake news e mentiras de todos os tipos". "Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias", disse no dia 13 de agosto, dois dias antes de ter confirmado a recompra do relógio de luxo.

Em nota, na ocasião, a Polícia Federal afirmou que os investigados são "suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais".

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