A Polícia Federal (PF) teria recolhido quatro celulares com Frederick Wassef, ex-advogado de Jair Bolsonaro (PL), durante busca pessoal autorizada pela Justiça na noite de quarta-feira (16/8).
Segundo a CNN, a PF deixou o restaurante em São Paulo onde Wassef foi localizado portando os quatro aparelhos, dois em posse pessoal dele e os outros dois no carro dele, que também foi revistado.
- Wassef é alvo de busca e tem celular apreendido em restaurante de SP
- Frederick Wassef também é alvo de operação da PF sobre joias nesta sexta
Entenda a ação da PF
A ação da PF ocorre após Wassef ter admitido, na terça-feira (15), ter recomprado por quase US$ 50 mil o relógio Rolex Day-Date 18946, feito à base de ouro branco, vendido irregularmente por assessores de Bolsonaro. “Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República”, afirmou ele.
No último dia 11, o advogado foi um dos alvos da Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal (PF), que investiga a tentativa de venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro. Na época, ele afirmou sofrer uma campanha de "fake news e mentiras de todos os tipos". "Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias", disse no dia 13 de agosto, dois dias antes de ter confirmado a recompra do relógio de luxo.
Em nota, na ocasião, a Polícia Federal afirmou que os investigados são "suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais".
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