Congresso

CPMI do 8 de janeiro ouve o hacker Walter Delgatti; acompanhe

Hacker está preso desde 2 de agosto e é investigado pela inserção de 11 alvarás de soltura e um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Alexandre de Moraes

Walter Delgatti Netto depõe à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta quinta-feira (17/8) -  (crédito: Ed Alves/CB)
Walter Delgatti Netto depõe à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta quinta-feira (17/8) - (crédito: Ed Alves/CB)
Ândrea Malcher
postado em 17/08/2023 09:12 / atualizado em 17/08/2023 15:26

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas de 8 de janeiro retomou, nesta quinta-feira (17/8), o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto,  conhecido por dar início à "Vaza-Jato". Após uma manhã intensa em que o homem revelou a participação ativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um esquema de fraude para simular falhas nas urnas eletrônicas, o colegiado tenta descobrir mais informações sobre a relação dele e de envolvidos com Bolsonaro nos atos golpistas. 

Acompanhe:

Delgatti afirma ter se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mediado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), e ter sido questionado sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas. O hacker ficou conhecido por ter vazado mensagens de membros da Operação Lava-Jato, episódio nomeado de Vaza-Jato.

“Penso que a oitiva do hacker Walter Delgatti só será contributiva para a CPMI de 8 de janeiro depois que tivermos acesso aos documentos e provas, como quebras de sigilos e outros. Não adianta ouvi-lo agora sem os elementos necessários para confrontá-lo”, afirmou o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), durante a sessão que adiou o depoimento.

Delgatti foi preso pela Polícia Federal (PF) no dia 2 de agosto e é alvo de uma investigação sobre a inserção de 11 alvarás de soltura e um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre os dias 4 e 6 de janeiro deste ano, dias antes dos atos golpistas.

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