Operação

Influenciadores que incitaram ataques de 8 de janeiro são alvos de operação

São cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal

São cumpridos dez mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra os suspeitos -  (crédito: Divulgação/PF)
São cumpridos dez mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra os suspeitos - (crédito: Divulgação/PF)
Renato Souza
postado em 17/08/2023 07:11 / atualizado em 17/08/2023 07:40

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17/8), uma operação contra influenciadores digitais que usaram as redes sociais para incitar os ataques de 8 de janeiro, contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

De acordo com as investigações, os acusados usaram o codinome "festa da Selma" para se referir aos atentados. A ação representa a 14 fase da operação Lesa Pátria, que investiga os atentados contra prédios públicos na capital federal.

São cumpridos dez mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra os suspeitos. Até às 7h30, seis prisões já tinham sido efetuadas. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu pedido da PF. Um dos alvos de prisão é a cantora gospel Fernanda Oliver, acusada de transmitir os atentados ao vivo pelas redes sociais. Também é alvo de prisão o pastor Dirlei Paiz, que já postou foto ao lado de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

As ordens de prisão e de buscas são cumpridas nos estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

De acordo com a PF, os "fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo".

Os investigadores afirmam que o termo "Festa da Selma" foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, "além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos". Os suspeitos "recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído".

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