A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras avalia quebrar os sigilos bancário, fiscal e telemático (dos celulares) da apresentadora Tatá Werneck e do ator Cauã Reymond.
Os dois foram convocados a prestarem depoimento na terça-feira, 15, sobre suspeitas de fraudes envolvendo investimentos com criptomoedas, mas não compareceram à Câmara dos Deputados após habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.
Tatá Werneck e Cauã Reymond apareceram em propaganda da Atlas Quantum, suspeita de lesar mais de 200 mil pessoas numa pirâmide de R$ 7 bilhões. A CPI da Câmara quer saber até que ponto se deu o envolvimento dos dois com a empresa.
Com a negativa do depoimento, agora a CPI vai atrás de detalhes do contrato feito pelos atores com a Atlas.
O jornalista Marcelo Tas, que também fez propaganda para a Atlas Quantum, iria depor nesta quarta-feira, 16. No entanto, apresentou um atestado, alegando problema na garganta, e indicou à CPI que irá depor na próxima semana.
O habeas corpus dado por Mendonça a Tata Werneck e Cauã Reymond surpreendeu os membros da comissão, uma vez que contrariou o entendimento da Suprema Corte em casos semelhantes e recentes. Em outras CPIs, o STF rejeitava o pedido de não comparecer, mas concedia um habeas corpus para que o depoente pudesse permanecer em silêncio para não se comprometer.
O ministro indicado por Bolsonaro deu o salvo-conduto aos atores indicando que caberia a eles a decisão de comparecer ou não à CPI.
Para um membro da comissão, a decisão privou os parlamentares do direito de investigar.
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