O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que a votação do novo arcabouço fiscal no plenário ficou para a próxima terça-feira (22/8). Segundo o parlamentar, a reunião do colégio de líderes com técnicos do ministério da Fazenda — que ocorreria na segunda-feira (14/8), mas foi cancelada — ficou para o dia 21 de agosto, e caso haja consenso, votação se dará no dia seguinte.
"Infelizmente não houve clima. Alguns líderes não queriam que a reunião acontecesse ontem", disse Lira, referindo-se a declarações feitas pelo ministro da Fazenda em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, que foi ao ar na segunda-feira pela manhã, na qual acusou a Câmara de "humilhar" o Senado e o Executivo.
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"Ficou marcada uma reunião com o relator (Claudio Cajado (PP-BA)), técnicos da Fazenda, técnicos da Câmara e líderes partidários para que se discuta a única matéria mais polêmica ainda, que é a modificação do prazo de cálculo do IPCA. Isso sendo acordado, na terça-feira, essa matéria vai a plenário", disse.
Lira se disse "surpreso" com as declarações de Haddad, o que atribuiu a “relaxamento excessivo” do ministro na entrevista. O parlamentar frisou que antes mesmo de o governo tomar posse, durante a transição, a Casa tem dado "todo conforto" para o bom andamento da pauta econômica. "Sem a PEC da Transição o governo não teria a tranquilidade orçamentária que tem”, recordou, citando ainda a primeira votação do arcabouço fiscal, a "inédita reforma tributária" e o Projeto de Lei que recobrou o voto de qualidade para o governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
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