Reforma agrária

Advogado de Salles irá acompanhar João Pedro Stedile na CPI do MST

Ao Correio, Roberto Podval diz que vai ajudar a "esclarecer o legítimo papel do MST"

João Pedro Stedile na CPI: oposição pretende pressioná-lo e seguir seu roteiro de criminalizar o MST -  (crédito: Reprodução/ MST)
João Pedro Stedile na CPI: oposição pretende pressioná-lo e seguir seu roteiro de criminalizar o MST - (crédito: Reprodução/ MST)
Correio Braziliense
postado em 14/08/2023 16:15 / atualizado em 15/08/2023 17:09

Principal liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile será ouvido nesta terça-feira (15/8) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara que apura a atuação do grupo. Stedile não estará sozinho. Além de parlamentares, simpatizantes e integrantes do movimento, ele estará acompanhado do advogado Roberto Podval, que sentará a seu lado durante a audiência pública.

Há alguma expectativa com a presença de Stedile desde a instalação da CPI. A oposição pretende pressioná-lo e seguir seu roteiro de criminalizar o MST. Os governistas irão defendê-lo e continuar na atuação de que o movimento é perseguido por defensores do agronegócio e pela direita.

Podval é um advogado criminalista e atua também na defesa do deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI e que tem travado embates com os governistas. Salles já participou de visitas in loco a assentamentos e foi acusado de invadir as casas de assentados, o que ele nega.

Ao Correio, Podval afirmou que já trabalha há muito tempo para os movimentos sociais, incluído o MST, e vê como "natural" que o acompanhe na CPI. "Também sou o advogado de Ricardo Salles. Tenho certeza que a audiência na CPI será muito tranquila e espero que o depoimento seja uma grande oportunidade para ajudar a CPI e esclarecer o legítimo papel do MST. Num país com a dimensão do Brasil temos espaço para todos, dos grandes latifundiários aos pequenos produtores”, disse.

O advogado atua também na defesa do ex-ministro José Dirceu, que comandou a Casa Civil no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de 2003, mas teve seu mandato cassado na Câmara e foi preso no mensalão.

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