O advogado que atuava na defesa do tentente-coronel Mauro Cid, Bernardo Fenelon, deixou de representá-lo e o motivo seria a "quebra de confiança" no cliente, que teria omitido informações sobre o caso. A desistência de Fenelon foi noticiada pela jornalista Andréia Sadi, no site G1.
Fenelon foi quem acompanhou o militar durante seu depoimento na CPMI do 8 de Janeiro, em 11 julho, e o orientou a ficar calado o tempo inteiro, utilizando o habeas-corpus que obteve no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas Cid chegou a ser repreendido pelo presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA). O HC concedido pela ministra Cármen Lúcia não o isentava de responder perguntas que não o incriminassem, o que não ocorreu.
A operação da Polícia Federal da última sexta-feira complicou a situação de Cid, flagrado num áudio onde ele fala sobre uma entrega de US$ 25 mil (R$ 122,7 mil) por seu pai, o general Lourena Cid, ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
"E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta... Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? Tem 25 mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que que era melhor fazer com esse dinheiro, levar em ‘cash' (dinheiro em espécie) aí. Meu pai estava querendo inclusive ir aí falar com o presidente […] E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta... Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né?", diz Mauro Cid em conversa com o coronel da reserva Marcelo Câmara, também da ajudância de ordem.
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