Oito meses após tomar posse, o presidente Luiz Inacio Lula da Silvar declarou, em discurso de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que somente nesta sexta-feira (11/8) seu governo teve início, efetivamente.
"Hoje começa o meu governo. Até agora o que fizemos foi reparar o que havia desandado. Recuperamos 42 políticas de inclusão social. O PAC é o começo do nosso terceiro mandato", disse.
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Nesta terceira edição do PAC, estão previstos projetos que somam R$ 1,3 trilhão até 2026, quando termina o atual mandato de Lula. Outros R$ 300 bilhões serão liberados a partir de 2027, totalizando quase R$ 1,7 trilhão. "Mais se alguém quiser ajudar, nós podemos chegar a R$ 2 trilhões ou R$ 3 trilhões", brincou o presidente.
"Muito mais do que uma carteira de investimentos públicos, o novo PAC é um compromisso coletivo, nascido de um amplo diálogo federativo, de muita conversa com governadores e prefeitos, para que os projetos escolhidos reflitam os anseios das populações de cada região do nosso país", repetiu o presidente.
Em sua fala, Lula destacou o papel do Estado como o "indutor", que seja capaz de promover o debate entre o setor público e a iniciativa privada para definir políticas de investimento do Brasil. "Acabou aquela mania de dizer que o Estado não vale nada e a inciativa vale tudo. Nem o Estado não vale nada, nem a iniciativa privada sabe tudo”, disse Lula. “O Estado existe para dizer como as coisas devem ser feitas e para construir juntos. Quando a gente nega o Estado quem se prejudica é o povo pobre."
Eixos do PAC
O novo PAC ampliou de 6 para 9 o número de eixos definidos como prioritários para os investimentos. Entre as novidades está o eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, com recursos que somam R$ 610 bilhões, que vai construir novas moradias do Minha Casa Minha Vida e financiar a aquisição de imóveis adaptados às mudanças climáticas. Este eixo investirá também na modernização da mobilidade urbana de forma sustentável, em urbanização de favelas, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos e contenção de encostas e combate a enchentes.
Inclusão Digital e Conectividade é outro novo eixo, criado para levar internet de alta velocidade a escolas públicas e unidades de saúde do país, com investimentos somando R$ 28 bilhões. O complexo industrial de saúde é outra novidade, com investimento total de R$ 31 bilhões. Prevê o fortalecimento da oferta de vacinas e hemoderivados, o atendimento por telessaúde, para chegar mais perto da população.
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