O Governo federal anunciou, nesta quinta-feira (10/8), medidas para a redução de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por meio de uma Resolução do Conselho de Aviação Civil (Conac). O documento foi assinado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às obras do novo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa Tech) no Porto Maravilha, no Rio de Janeiro pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que também ocupa o posto de presidente do Conac.
De acordo com a medida, as operações deverão ser planejadas observando um critério geográfico — a distância máxima de 400 quilômetros de seu destino (ou origem), em aeroportos de voos domésticos. Com isso, o aeroporto só poderá manter rotas para São Paulo, Belo Horizonte e Vitória. Porém, o Santos Dumont não irá manter as operações com aeroportos internacionais, como Guarulhos e Confins, por exemplo. Apesar do que havia sido anunciado, Brasília não terá conexão com o Santos Dumont neste primeiro momento, mas pode ser incluída posteriormente.
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A determinação deve ser adotada a partir do dia 2 de janeiro de 2024, em caráter de urgência, para permitir a adequação das malhas das empresas aéreas, minimizando, assim, o impacto sobre os passageiros.
"Não tem sentido o aeroporto do Galeão ficar paralisado porque as pessoas, por comodidade, preferem sair do Santos Dumont. O Galeão foi construído para ser o aeroporto internacional, para ser a entrada de qualquer estrangeiro que tivesse de vir para o Brasil parar aqui no Galeão", disse Lula.
A medida vai ao encontro da demanda apresentada pela Prefeitura do Rio de Janeiro, do Governo do Estado e da Infraero, que administra o terminal. Conforme a Infraero, serão implantadas áreas de escape na pista do aeroporto, visando a segurança operacional dos voos, levando em conta que o Santos Dumont é limitado, geograficamente, pela Baía de Guanabara.
Segundo o Planalto, a obra, já executada no Aeroporto de Congonhas (SP), faz parte do Novo PAC, que será anunciado nesta sexta-feira (11) pelo governo federal. O Ministério dos Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tomarão providências necessárias à execução da Resolução, que vigorará até a finalização das obras.
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