O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, nesta terça-feira (8/8), usando uma tornozeleira eletrônica. A medida faz parte da série de restrições que ele é obrigado a seguir, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após deixar a prisão.
Torres ficou preso por 4 meses por suposta omissão diante dos atos golpistas de 8 de janeiro — que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. À época, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Em maio, o ex-ministro conseguiu o direito de cumprir em liberdade medidas alternativas à prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica. A Justiça também determinou que ele precisa estar em casa após as 22h todos os dias e não sair da capital.
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Anderson Torres está proibido de se comunicar com os outros investigados no inquérito que investiga os ataques. Por isso, os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES) não podem se dirigir ao ex-ministro na oitiva. Moraes considerou que há "conexão dos fatos em apuração e as investigações das quais os parlamentares fazem parte". Flávio Bolsonaro, que é membro suplente da comissão, marcou presença na sessão de hoje. Marcos do Val, porém, desistiu de ser membro e foi substituído pelo senador Marcos Rogério (PL-RO).
Presidente da CPMI tem lapso
O deputado federal Arthur Maia (União-BA), presidente da CPMI do 8 de janeiro, se atrapalhou durante a condução do colegiado, nesta terça-feira, e disse que o ex-ministro Anderson Torres teria que voltar à carceragem após o depoimento. O parlamentar se corrigiu logo em seguida e afirmou que o depoente teria que cumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça.
A fala do presidente da CPMI ocorreu após o deputado Filipe Barros (PL-PR) apontar o tempo de duração do depoimento e as restrições de Torres. “O deputado Filipe Barros, eu queria até pedir desculpas porque eu não consegui questão de ordem, ele tava preocupado com o horário porque o depoente tem que voltar à carceragem da polícia, onde ele se encontra. Perdão! Perdão! Ele está com medida de segurança e recolhimento. Perdão, doutor Anderson. Então, ele tem que voltar para a sua casa até as 20h”, disse Arthur Maia.
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