O senador Eduardo Braga (MDB-AM) considera natural que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja o candidato para a reeleição em 2026, porque ele lidera "o projeto de reconstrução de um projeto nacional".
"Lula é naturalmente candidato à reeleição. Ele lidera e capitania o projeto de reconstrução e, portanto, é natural (a candidatura). O nosso partido está no governo e também no apoio das bancadas do Senado e da Câmara", afirmou Braga, nesta segunda-feira (7/8), durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.
- Moraes autoriza Anderson Torres ficar em silêncio em depoimento à CPMI
- PGR pede condenações de 40 réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro
Apesar de o petista criticar o MDB, por ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Braga afirmou que é "preciso olhar para o futuro", e, nesse sentido, o senador não vê problemas de a legenda compor chapa com Lula em 2026.
"É absolutamente legítimo que um partido como o MDB tenha pretenções de compor a chapa majoritária com o presidente Lula", afirmou. Ele, contudo,evitou cogitar o nome da ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) para ser a vice de Lula em 2026, porque ainda é "muito cedo" para essa definição.
O parlamentar acredita que o MDB tem condições de voltar a presidir as duas Casas do Congresso Nacional."Énatural que o MDB postule a presidência da Câmara e do Senado", disse. O senador afirmou que a disputa será acirrada e o partido já está negociando com outros senadores o aumento da bancada, de 11 parlamentares na Casa.
Braga minimizou derrota dele em 2022 contra o atual governador, Wilson Lima (União), que era apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Cada eleição é uma eleição", afirmou ele, declarando-se apoiador do presidente Lula e ter se posicionado contra o negacionismo e ao enfrentamento da covid-19 do ex-chefe do Executivo. "Não me arrependo do que decidi do ponto de vista eleitoral, porque são as minhas convicções", acrescentou.
Em relação à pesquisa e à exploração do petróleo pela Petrobras na da Foz do Amazonas, Braga afirmou que é a favor, porque já existem 14 empresas explorando em região em outros países. "Não podemos ser proibidos de desenvolver e explorar os recursos naturais", disse.
O relator da reforma tributária ainda elogiou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e, assim como ele, defendeu o combate à elisão fiscal como forma de aumentar a receita para cumprir a meta fiscal de deficit primário zero em 2024.
"Não vejo disposição dos senadores em aumentar a carga tributária", afirmou. Segundo ele, a credibilidade do país está relacionada ao fato de o governo não aumentar a carga tributária para cumprir a meta fiscal. Ele citou a tributação de dividendos e a volta do voto de qualidade prevista no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) como medidas que podem ajudar no aumento de receita.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.