A deputada federal Carla Zambelli vai comparecer à Polícia Federal na segunda-feira (7/8), após ser intimada a prestar depoimento no bojo da Operação 3FA, que fez buscas em endereços da parlamentar por suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A defesa da bolsonarista, no entanto, já anunciou que Zambelli não responderá às perguntas dos investigadores. O advogado da parlamentar, Daniel Bialski, diz que sua cliente não se pronunciará até que a defesa tenha acesso às cópias de todo inquérito da '3FA'.
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"Embora a deputada queira ser ouvida e prestar todos os esclarecimentos - justamente por não ter cometido ou participado de qualquer ilicitude - sobre os fatos relativos à operação deflagrada nesta semana, por expressa orientação da defesa técnica, não responderá às perguntas até que sejam fornecidas cópias de todo o Inquérito e das cautelares - o que ainda não ocorreu -, justamente para assegurar a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal", indicou.
Zambelli foi um dos alvos principais da ofensiva aberta na quarta-feira (2/8), junto de Walter Delgatti Neto, hacker do ex-juiz Sérgio Moro e de ex-integrantes da Operação Lava Jato, entre eles o ex-deputado Deltan Dallagnol. Ele foi preso no bojo da operação.
O inquérito se debruça sobre delitos que ocorreram entre 4 e 6 de janeiro, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ 11 alvarás de soltura de presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Em depoimento dado em oitiva no dia 27 de julho, o hacker admitiu a invasão do sistema do CNJ e implicou Zambelli diretamente pela inserção da ordem de prisão fraudulenta contra Moraes. Segundo a PF, Walter Delgatti disse que recebeu pagamentos como 'contraprestação para ficar à disposição da parlamentar'.
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