O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta sexta-feira (4/8) sobre as ameaças de ataque das quais tem sido alvo. As mesmas são investigadas pela Polícia Federal. Em Parintins, ao participar do evento do programa Luz para Todos, o chefe do Executivo falou sobre a prisão de um dos extremistas, disse não ter medo e que "cachorro que late não morde".
"Vocês vão ter a notícia de que a Polícia Federal prendeu um cidadão em Santarém que disse que ia me matar hoje quando eu chegasse lá. Ele está preso. Há boatos que em Belém também tem um cidadão que disse que ia me matar. Se eu tivesse medo, eu não tinha nascido. Se eu tivesse medo, eu não era presidente da República", afirmou sob aplausos da plateia.
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"Aprendi com a minha mãe a não ter medo de cara feia. Cachorro que late não morde. Portanto, vou fazer desse país um país civilizado, um país em que as pessoa levantem de manhã sorrindo e possam cumprimentar o vizinho sorrindo, as crianças na mesa com pão, café, queijo e o que mais quiserem. Afinal de contas, nós temos direito porque nós trabalhamos, nós produzimos. Não queremos tirar nada de ninguém. A única coisa que queremos é ter o que merecemos respeito, dignidade, oportunidade".
Lula também reclamou do esquema de segurança em relação aos veículos blindados e com vidros escurecidos alegando que, por conta disso, não conseguiu cumprimentar apoiadores durante o trajeto entre o aeroporto e o local do evento. Ele classificou se sentir "como se estivesse dentro de um presídio" no veículo e pediu desculpas aos apoiadores, lembrando ter tido 83% de votos em Parintins na última eleição.
"Havia 20 anos que eu não vinha aqui. Eu desço no aeroporto, me colocam dentro de um carro blindado, vidro fumê, tinha insulfilm, eu não consigo ver ninguém e ninguém consegue me ver. Mulheres, homens e crianças na rua, fazendo um sacrifício enorme para olhar, se conseguir enxergar a gente, e eu dentro de um carro como se estivesse dentro de um presídio. Então, eu quero pedir desculpas de coração. Isso não se repetirá", afirmou.
"Quando a gente é candidato, normalmente a gente anda de carro aberto, com os dentes arreganhados, abanando a mão para vocês. Quando a gente ganha, coloca a gente dentro de um carro blindado, insulfilm, nem vocês veem eu, nem eu vejo vocês", finalizou.
Operação
Um suspeito de ameaçar o petista foi alvo de uma nova operação da Polícia Federal (PF), em Belém, capital do Pará. A corporação cumpriu mandado de busca e apreensão para "angariar mais elementos de convicção acerca do cometimento de crimes e evitar a possibilidade de atentado ao presidente, posto que o suspeito atua profissionalmente como vigilante e possui porte de arma de fogo," informou a PF. O suspeito teria propagado, por meio das redes sociais, imagens ameaçadoras de ataques ao atual presidente da República.
Já ontem, no Pará, a PF prendeu, em flagrante, em Santarém (PA), um homem que ameaçou "dar um tiro na barriga" do presidente Lula, após uma testemunha informar à polícia de que o autor estava em um bar proferindo ameaças contra o chefe do Executivo.
Segundo o próprio homem, ele teria participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção situado na cidade de Santarém durante 60 dias ininterruptos e que, inclusive, financiou a manifestação com R$ 1.000,00 todos os dias", informa o texto da PF.
De acordo com os investigadores, o suspeito pode responder pelos crimes de ameaça e incitação ou preparo de atentado contra pessoa por motivos políticos.
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