Em transmissão ao vivo no podcast Monark Talks, nessa quinta-feira (3/8), o streamer Bruno Aiub, conhecido como Monark, revelou ter tido seu contrato com a Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos canadense, temporariamente suspenso. A ação foi tomada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ter determinado, nessa quarta (2/8), a abertura de uma investigação para apurar o crime de desobediência por parte de Monark.
Em transmissão ao vivo no podcast Monark Talks, nessa quinta-feira (3/8), o streamer Bruno Aiub, conhecido como Monark, revelou ter tido seu contrato com a Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos canadense, temporariamente suspenso. A ação foi tomada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ter determinado, nessa quarta (2/8), a abertura de uma investigação para apurar o crime de desobediência por parte de Monark.
Em 14 de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de canais, perfis e contas ligadas ao youtuber Bruno Aiub. Na decisão, o ministro detalhou que o youtuber teria de fornecer os dados cadastrais ao STF das contas das redes sociais. Moraes ainda pontuou que Monark estaria proibido de promover, replicar e compartilhar notícias fraudulentas nas redes, sob multa diária. A decisão foi tomada no âmbito do inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.
Nessa quarta-feira (2/8), Moraes abriu uma investigação para apurar o crime de desobediência por parte de Monark. Como o influenciador está proibido de criar novos perfis nas redes sociais, o magistrado também aplicou uma multa de R$ 300 mil por descumprimento da ordem. Moraes destacou que o podcaster realizou "nova e grave violação à ordem jurídica" ao continuar fazendo ataques ao STF mesmo com a suspensão de perfis.
O ministro ordenou a suspensão de 26 perfis ligados a Monark em 19 plataformas, como Google, Meta, Twitter, Spotify e Rumble. As empresas também devem suspender qualquer repasse de qualquer recurso, como publicidade, doação e monetização.
Repercussão nas redes sociais
Assim como a maioria das falas de Monark, essa também viralizou na internet e dividiu opiniões. Várias figuras públicas compartilharam no Twitter o que pensam sobre a situação. Algumas apoiando Monark e, outras, criticando-o. O próprio convidado semanal do programa, o Chief, registrou sua opinião por meio de um tweet.
Depois do episódio com o Monark ontem que durou quase 5 horas, ainda ficamos mais umas 5 horas conversando em off.
— Chief (@Chief117Br) August 4, 2023
A perseguição contra ele ta muito insana, ninguém com o mínimo de noção apoiaria isso.
É triste ver pessoas com o discurso:
"Mas também né? Foi falar merda"
Lembrando sempre:
Monark não é acusado de nenhum crime. Xandão não cita qualquer lei específica que ele tenha infringido.
Monark não tem acesso ao que exatamente ele é acusado.
Os atos de Moraes são exemplo claro de autoritarismo jurídico.
Impeachment e cadeia para Moraes.— Raphaël Lima (@Ideias_Radicais) August 4, 2023
Monark está praticamente proibido de existir e trabalhar. Há quem tem a ousadia de dizer que estamos em uma democracia.
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) August 4, 2023
Monark, espero que você aprenda que ser f4c1st4 é proibido. Não, não daremos liberdade para você fomentar a liberdade de sermos exterminados pela extrema-direita.
— Jesus Da Goiabeira (@da_goiabeira) August 4, 2023
Aprendemos com esse processo iniciado em 2013, passando por uma pandemia com 700 mil mortos.
Que não seja em vão.
Monark fomenta para um grande público teorias conspiratórias anti-democrática e foi responsável por colocar no centro do debate há um ano a possibilidade e legitimidade de existir um partido nazista. Ele está sendo responsabilizado e não censurado. Paradoxo da tolerância, amigos. https://t.co/ZkqmwntBD6
— judz (@nietzsche4speed) August 4, 2023
*Estagiária com supervisão do subeditor Diogo Finelli.
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