A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apura os atos golpistas de 8 de janeiro, ouvirá o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, na próxima terça-feira (8/8). Na ocasião dos ataques aos prédios-sede dos Três Poderes, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e não estava na capital, pois havia saído de férias e viajado aos Estados Unidos.
Torres voltou ao país escoltado por policiais federais e ficou preso por cerca de quatro meses. Ele cumpre medidas protetivas em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica. Ele é suspeito de ter sabotado o esquema de segurança montado para uma possível manifestação naquele dia. Além disso, a Polícia Federal (PF) encontrou em sua casa uma minuta golpista, que tentava mudar o resultado da eleição de 2022, alegando fraude na votação.
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A relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou, na última terça-feira (1º) que Torres poderá dar explicações sobre atos anteriores, como, por exemplo, a tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado.
“Anderson Torres era ministro da Justiça nesse período e no 8 de Janeiro também ele era o secretário de Segurança Pública. Então, ele é uma figura que faz um elo desse 1º momento, portanto, novembro e dezembro, e também o mês de janeiro”, disse a parlamentar. “Eu acredito que é fundamental a presença dele aqui na próxima terça-feira e acredito que será essa a pauta da semana que vem”.
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