DANOS AMBIENTAIS

Amazônia: preso grileiro que desmatou mais de 6.500 hectares para gado

Área é o equivalente a quatro vezes a extensão do arquipélago Fernando de Noronha. O grileiro foi preso pela Polícia Federal no Pará

Isabel Dourado*
postado em 03/08/2023 13:31
Polícia Federal realiza operação contra grileiros da Amazônia. -  (crédito: Reprodução/ divulgação Polícia Federal)
Polícia Federal realiza operação contra grileiros da Amazônia. - (crédito: Reprodução/ divulgação Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) realiza a operação Retomada, nesta quinta-feira (3/8), contra um dos maiores grileiros da Amazônia, de acordo com a corporação. A operação busca investigar um esquema de invasão de terras da União e desmatamento para criação de gado na Floresta Amazônica. De acordo com a instituição, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, nos municípios de Novo Progresso/PA e Sinop/MT.

O suspeito de grilagem foi preso em flagrante por ter sido encontrado com armamento ilegal e ouro em estado bruto. Ele foi detido na cidade de Novo Progresso (PA) e deve ser encaminhado para o presídio de Itaituba (PA).

O inquérito policial identificou que o alvo da operação teria se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Além disso, foi constatado o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta, o que equivale a quatro Ilhas de Fernando de Noronha/PE.

As investigações começaram após a identificação, pela PF em Santarém/PA, do desmatamento de quase 6 mil hectares na região do município de Novo Progresso. O alvo da operação já recebeu 11 autuações e seis embargos do Ibama por irregularidades e perícias da PF indicam a existência de danos ambientais ocasionados por suas atividades também na Terra Indígena Baú.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 116 milhões pela Justiça, mínimo estimado dos recursos florestais extraídos e de recuperação da área atingida, e o sequestro de veículos, de 16 fazendas e imóveis e da indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco 

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