O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (2/8), a abertura de uma investigação para apurar o crime de desobediência por parte do youtuber Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. Como o influenciador está proibido de criar novos perfis nas redes sociais, o magistrado também aplicou uma multa de R$ 300 mil por descumprimento da ordem.
Moraes destacou que o youtuber realizou "nova e grave violação à ordem jurídica" ao continuar fazendo ataques ao STF mesmo com a suspensão de perfis. Ele ordenou a suspensão de 26 perfis ligados a Monark em 19 plataformas, como Google, Meta, Twitter e Spotify. As empresas também deverão suspender qualquer repasse de qualquer recurso, como publicidade, doação e monetização.
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"As condutas do investigado, consubstanciadas na produção, mesmo ciente da decisão judicial proibitiva, de conteúdo vedado, e sua publicação em diversos perfis nas redes sociais mencionadas, caracterizaram nova e grave violação à ordem jurídica. E mais, evidenciam que o investigado está deliberadamente violando decisão da Suprema Corte", escreveu o ministro.
Série de polêmicas
Em junho, Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal tomasse o depoimento de Monark no âmbito do inquérito que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro — que resultaram na destruição dos prédios dos Três Poderes. Na ocasião, ele já havia determinado bloqueio de canais, perfis e contas ligadas ao youtuber sob multa diária de R$ 100 mil.
Em outra polêmica, em fevereiro do ano passado, Monark foi demitido do podcast Flow por defender a existência de um partido nazista reconhecido por lei no Brasil, alegando “liberdade de expressão”. Após a enxurrada de críticas e o programa perder patrocinadores, o influenciador disse que estava bêbado durante a transmissão e pediu desculpas. Mesmo assim, o Flow optou pelo desligamento de Bruno Monteiro Aiub.
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