A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta terça-feira (1/8), que a Corte "segue firme na defesa da democracia", que "continua inabalável". As declarações ocorreram na sessão de abertura do Judiciário para o segundo semestre deste ano. A magistrada também ressaltou que deixará o tribunal nos próximos meses, em razão de sua aposentadoria.
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Weber lembrou os atos golpistas de 8 de janeiro, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Na ocasião, o prédio do Supremo foi o mais danificado, com monumentos depredados, vidraças quebradas e as estruturas elétrica, hidráulica danificadas, além de paredes pichadas e móveis. Os criminosos também arrancaram as cadeiras do plenário e arremessaram para o lado de fora do edifício.
"As instituições sobrepairam aos indivíduos que as compõem. Elas que importam. As instituições saíram fortalecidas do dia 8 de janeiro, dia da infâmia. Não vamos esquecer para que sirva de alerta de que a democracia seja cultivada e regada diariamente com diálogo debate acalorado de ideias, defesa de respeito mútuo para que ela, democracia, continue inabalável", disse a magistrada.
Rosa Weber deixa a Corte em 28 de setembro, por conta do prazo limite para se aposentar, pois completa 75 anos de idade em 2 de outubro. Com a saída dela, o ministro Luís Roberto Barroso assumirá a presidência do Supremo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá indicar um novo nome para a composição do tribunal. Neste ano, o chefe do Executivo indicou o advogado Cristiano Zanin para assumir a cadeira do ministro aposentado Ricardo Lewandowski. O novo integrante vai tomar posse nesta quinta-feira (3/8).
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