violência

Sobe para 14 número de mortos em operação policial na Baixada Santista

Governador de São Paulo disse que forças policiais "não vão se curvar para o crime". Ofensiva começou após morte de soldado da Rota na última sexta-feira

Luana Patriolino
postado em 01/08/2023 18:50 / atualizado em 01/08/2023 18:51
Operação Escudo teve início na sexta-feira (28/7) no Guarujá, após morte de policial da ROTA -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
Operação Escudo teve início na sexta-feira (28/7) no Guarujá, após morte de policial da ROTA - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, na tarde desta terça-feira (1/8), que subiu para 14 o número de mortes por conta das ações da Polícia Militar realizadas na Baixada Santista do estado. As atividades começaram na última sexta-feira, após após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) — morto a tiros por criminosos, no Guarujá (SP).

“Quem é que vai subir numa área dominada pelo crime e vai ser recebido de uma forma amistosa? A polícia não quer o confronto, isso não interessa para ninguém. Quando você faz uma asfixia em um local, você tem uma reação”, disse Tarcísio de Freitas, em coletiva de imprensa.

A previsão é que a operação vá até 28 de agosto. Ao todo, 32 pessoas foram presas, entre elas, Erickson David da Silva — suspeito de ser o autor do disparo que matou o soldado da Rota. Segundo o governador de SP, as forças policiais “não vão se curvar para o crime”.

“Isso significa que a operação está gerando incômodo, que está prejudicando o ‘business’. Nós não queremos o combate, mas também não vamos nos curvar ao crime. Se houver excesso, nós vamos investigar. Se houver, porventura, a gente não vai tolerar excesso”, afirmou.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP, durante a operação foram encontrados mais de 20 quilos de drogas, além de 11 armas foram apreendidas. Desde o início da operação, a Ouvidoria das Polícias tem recebido constantes denúncias de abusos de moradores da região. A Defensoria Pública de São Paulo também foi acionada e o Ministério Público do estado escolheu três promotores de Justiça da Baixada Santista para, junto ao Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), investigarem as ações na Baixada.


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