O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, na tarde desta terça-feira (1/8), que subiu para 14 o número de mortes por conta das ações da Polícia Militar realizadas na Baixada Santista do estado. As atividades começaram na última sexta-feira, após após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) — morto a tiros por criminosos, no Guarujá (SP).
“Quem é que vai subir numa área dominada pelo crime e vai ser recebido de uma forma amistosa? A polícia não quer o confronto, isso não interessa para ninguém. Quando você faz uma asfixia em um local, você tem uma reação”, disse Tarcísio de Freitas, em coletiva de imprensa.
- Guarujá: o que se sabe sobre as mortes após PM da Rota ser baleado?
- MDHC apura violação de direitos humanos em operação policial no Guarujá
A previsão é que a operação vá até 28 de agosto. Ao todo, 32 pessoas foram presas, entre elas, Erickson David da Silva — suspeito de ser o autor do disparo que matou o soldado da Rota. Segundo o governador de SP, as forças policiais “não vão se curvar para o crime”.
“Isso significa que a operação está gerando incômodo, que está prejudicando o ‘business’. Nós não queremos o combate, mas também não vamos nos curvar ao crime. Se houver excesso, nós vamos investigar. Se houver, porventura, a gente não vai tolerar excesso”, afirmou.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP, durante a operação foram encontrados mais de 20 quilos de drogas, além de 11 armas foram apreendidas. Desde o início da operação, a Ouvidoria das Polícias tem recebido constantes denúncias de abusos de moradores da região. A Defensoria Pública de São Paulo também foi acionada e o Ministério Público do estado escolheu três promotores de Justiça da Baixada Santista para, junto ao Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), investigarem as ações na Baixada.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.