A ministra dos Esportes, Ana Moser, declarou nesta quinta-feira (27/7) que não tem controle sobre a permanência ou não na pasta, e classificou a decisão como "assunto externo". Segundo a ministra, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidir a "desconvidar", ela deixa a pasta. Moser frisou, porém, que manterá o trabalho até lá.
A pasta é cobiçada pelo Centrão, que se articula nos bastidores. Especificamente, o Republicanos já escolheu o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) como indicado. O governo ainda estuda o que fazer, e uma das opções é criar um novo cargo para acomodar a atual ministra.
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"Externamente, não tenho nenhum controle sobre. E internamente, tenho que manter o nosso trabalho. Essa é uma questão interna, não tenho nenhum controle ou nada disso. Fui convidada pelo presidente Lula em dezembro e estou aqui. Quando ele me desconvidar, eu saio", respondeu Ana Moser ao ser questionada em entrevista coletiva sobre a possibilidade de deixar o ministério.
A ministra conversou com a imprensa em São Paulo, logo após voltar de sua viagem à Austrália e Nova Zelândia para acompanhar a abertura da Copa do Mundo Feminina de futebol.
Brasil quer sediar próxima copa feminina
Na agenda internacional, Moser teve uma série de encontros com representantes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) para acertar a candidatura brasileira como sede da Copa feminina de 2027. A proposta brasileira deve ser entregue até o final deste ano, e a Fifa decidirá o local no ano que vem. A ministra argumentou que o país já tem a infraestrutura necessária para o evento, já que sediou a Copa do Mundo Masculina em 2014.
A ministra citou ainda que uma das prioridades no momento é investir no futebol feminino. Nos próximos dias, a pasta deve lançar a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino. "São sete itens diferentes, com uma visão e diagnóstico do que é o contexto do futebol feminino no Brasil. E já dá para adiantar que os números são muito pequenos do que existe de ações, de times, e de volume de futebol feminino no país, explicou.