LIVE SEMANAL

Lula dá recado ao Centrão: 'Não é o partido que escolhe o ministério'

O presidente garantiu que não tratou de reformas ministeriais com ninguém. O petista afirmou ser natural "tentar arrumar um lugar" para as siglas, mas rejeita falar com o Centrão enquanto "organização"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, durante a live semanal Conversa com o Presidente desta terça-feira (25/7), que partidos do Centrão entrem para o governo, mas alertou que “não é o partido que escolhe o ministério”.

“É direito das pessoas dizer que estão a fim de participar do governo. Para participar do governo, pode ter um ministério. Agora, não é o partido que quer vir para o governo que escolhe o ministério. Quem escolhe, indica, oferece o ministério é o presidente da República”, alertou.

Lula afirmou ser natural “tentar arrumar um lugar” para as siglas, mas rejeita falar com o Centrão enquanto “organização”. “Eu não quero conversar com o Centrão enquanto organização. Eu quero conversar com o PP, quero conversar com o Republicanos, quero conversar com o PSD, quero conversar com o União Brasil. É assim que a gente conversa”.

“É normal que, se esses partidos quiserem apoiar a gente, queiram participar do governo. Você tenta arrumar um lugar para colocar, para dar tranquilidade ao governo nas votações que nós precisamos para melhorar, aprimorar o funcionamento do Brasil”, declarou.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se encontrou na última semana com os deputados André Fufuca (PP-MA), líder da sigla na Câmara, e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Porém, o presidente afirmou que não tratou de reformas ministeriais com ninguém.

“Vamos discutir isso nos próximos dias. Não estou preocupado. Ainda não fiz conversa com ninguém. Vejo todo dia boatos. O presidente não conversou com ninguém. Se tiver gente falando que conversou com presidente, é mentira. Quando eu conversar, quero que a imprensa saiba porque não tem conversa sigilosa no governo”, disse o petista, que tem conversado com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de líderes partidários.

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