O youtuber Allan dos Santos participou de um evento da extrema-direita realizado na Florida International University, em Miami, nos Estados Unidos. Ao lado do blogueiro estavam o ex-ministro das Relações Exteriores do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Ernesto Araújo e o jornalista Paulo Figueiredo, ex-comentarista da Jovem Pan.
O evento Firt Carvalho U.S – Latin America Dialogue prestou uma homenagem ao bolsonarista Olavo de Carvalho, morto em janeiro de 2022, e debateu, com os participantes, pautas conservadoras.
Além das figuras famosas na extrema-direita brasileira, estavam a senadora colombiana Maria Fernanda Cabal, considerada uma política da extrema-direita, e o jornalista Matthew Tyrmand, membro do Projeto Veritas, empresa jornalística sem fins lucrativos ligada à direita norte-americana. Na ocasião, o grupo abordou algumas das principais pautas dos conservadores brasileiros.
De acordo com relatos nas redes sociais de quem participou do evento, os palestrantes "denunciaram a censura no Brasil" e falaram sobre "o comunismo na América Latina". "Tivemos vários representantes latino-americanos ouvindo as verdadeiras histórias do que está acontecendo no Brasil. Estamos espalhando a verdade e expondo os monstros, chamando-os pelos respectivos nomes", escreveu uma brasileira, que mora na Flórida e esteve presente na palestra.
Allan dos Santos está foragido
No evento, Allan dos Santos voltou a dizer que é perseguido politicamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O youtuber está foragido desde 2021, quando teve sua prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Allan teve a prisão decretada após pedido da Polícia Federal, no âmbito de uma investigação que apura as atividades de uma suposta organização criminosa responsável pela disseminação de notícias falsas.
Na época, Allan estava sendo investigado no STF em dois inquéritos. Um deles era sobre fake news e o outro sobre as “milícias digitais”, grupos que estariam ameaçando instituições, como o Supremo.
Allan também é fundador do portal Terça Livre, que foi apontado como um elemento-chave do chamado Gabinete do Ódio de Bolsonaro. Este gabinete era formado por assessores do ex-presidente Bolsonaro, coordenados por um dos filhos do ex-mandatário, Carlos Bolsonaro, e atuava, dentro do Palácio do Planalto, na gestão das redes sociais do ex-morador do Palácio do Alvorada.