Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “ainda tem muita coisa da boca para fora” no debate internacional sobre as mudanças climáticas e proteção do meio ambiente. O petista voltou a defender que o Brasil recuperou a posição no debate sobre o clima, e que “é como se tivesse alguém novo” nas discussões entre os países.
Lula também criticou as duras exigências da União Europeia para a assinatura do tratado comercial com o Mercosul, mas avaliou que a recepção do bloco à visita dele foi positiva. E frisou que o tema não foi negociado durante a viagem atual, que trata da relação do bloco europeu com a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), mas acredita que o acordo com o Mercosul pode ser fechado até o fim do ano.
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“Ainda tem muita coisa da boca para fora”, respondeu Lula durante o programa Conversa com o Presidente ao ser questionado sobre as primeiras discussões sobre a proteção do meio ambiente. Ele contou que, no passado, países acusavam a China de ser o grande responsável pela degradação, mas disse que o Brasil não endossou o discursou porque “muita gente já poluiu antes da China”.
Reunião de países amazônicos
“A humanidade toda precisa levar em conta que cada atitude nossa pode melhorar ou pirar a situação do nosso planeta”, afirmou anda o presidente. “O Brasil, que já era importante, agora, com a questão energética que o mundo está atravessando, está virando mais importante ainda, porque todo mundo está de olho na Amazônia”, pontuou ainda.
Ele destacou também o encontro marcado para agosto, em Belém, Pará, entre os países que englobam a Amazônia. Segundo Lula, Indonésia e os dois Congos foram convidados por terem grandes florestas. “Essa reunião é para que a gente tome uma decisão conjunta dos países que têm floresta para a gente levar na COP 28, que vai ser o debate do clima nos Emirados Árabes no final do ano”, explicou.