A decisão do Ministério da Educação (MEC) de revogar o modelo de escolas cívico-militares gerou uma rápida reação entre os governadores. O formato educacional era um destaque da pasta durante o governo de Jair Bolsonaro.
Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que modelo será mantido no estado. “Em Minas as Escolas Cívico-Militares continuarão funcionando com Gestão compartilhada dos @bombeiros_MG. A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo, agora se une ao trabalho de ensino dos Mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade".
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Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está com relação abalada tanto com a direita bolsonarista quanto com o próprio ex-presidente, anunciou que ira contrariar a decisão do MEC.
“Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens”, escreveu ele em seu Twitter. “O governo de SP vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o Estado”.
Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná; Cláudio Castro(PL), do Rio de Janeiro; e Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, foram outros que declararam que manterão modelos próximos ao derrubado pelo MEC.
"O Distrito Federal vai continuar a implementar. Quanto ao governo federal, depende deles", declarou o governador Ibaneis ao Correio. O Projeto Escolas de Gestão Compartilhada (EGCs), parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública (SSP-DF) teve início no DF em fevereiro de 2019.
Ao todo, o programa federal conta com 202 escolas, aproximadamente 120 mil estudantes e emprega quase 900 militares. O modelo deverá deixar de existir até dezembro e as escolas cívico-militares deverão retornar ao sistema regular dos estados.