Glaidson Acácio, conhecido como Faraó dos Bitcoins, afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura esquemas de pirâmides financeiras envolvendo investimentos em criptomoedas, nesta quarta-feira (12/7), que a Polícia Federal (PF) é a responsável pelos prejuízos dos investidores.
"Eu vou devolver o dinheiro das pessoas, nós temos o dinheiro das pessoas, estão bloqueados uma parte com a Polícia Federal, que é uma grande parte, as outras partes estão nas plataformas (...) Nós temos o recurso para pagar as pessoas e nós iremos pagar as pessoas”, alegou Acácio que é presidente da GAS Consultoria e Tecnologia.
O depoente foi preso preventivamente durante a primeira fase da Operação Kryptos, deflagrada pela PF em agosto de 2021. O esquema movimentou cerca de R$ 38 bilhões de pessoas físicas e jurídicas no país e no exterior, com a promessa de ganhos de 10% ao mês com investimentos em criptomoedas. Durante a audiência, no entanto, se esquivou e disse que não havia como explicar o esquema já que não era uma “receita de bolo”.
"Pessoas se suicidaram, deixaram de pagar seus tratamentos médicos, tudo por causa da paralisação pela Polícia Federal que causou essa catástrofe, esse desastre, que deixou várias pessoas em situações de vulnerabilidade”, afirmou à CPI.
A esposa, sócia e comparsa do “faraó”, a venezuelana Meireles Yoseline Diaz Zerpa, está foragida e Acácio afirmou ao colegiado que não sabe onde ela se encontra.
A oitiva foi feita por videoconferência, já que Glaidson está preso no presídio federal de Catanduvas, no Paraná, para onde foi transferido depois de uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sob a suspeita de que estaria chefiando uma quadrilha de dentro da cadeia. Glaidson responde a 13 ações penais e tem contra ele seis prisões preventivas decretadas.
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