A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações das ONGs na Amazônia aprovou, nesta terça-feira (11/7), a convocação do presidente da Natura, João Paulo Brotto Gonçalves, para prestar esclarecimentos a respeito de supostas contratações irregulares de indígenas em suas produções. A oitiva ainda não teve a data definida e deve ser marcada após o recesso parlamentar.
“Acabamos de aprovar, na CPI das ONGs, os requerimentos de convocação da presidente do Conselho Diretor do Instituto Socioambiental, Déborah de Magalhães Lins e do presidente da Natura, João Paulo Brotto Gonçalves Pereira”, escreveu o presidente do colegiado, senador Plínio Valério (PSDB-AM), via Twitter.
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Limitando operações
Segundo a CPI, a empresa de cosméticos estaria limitando as operações que envolvem a coleta de copaíba, andiroba e outros produtos à Cooperativa Mista da Flona do Tapajós (Coomflona), não estimulando outras organizações, nem mesmo aquelas compostas por indígenas.
A iniciativa também estaria contratando diversas etnias de povos originários, porém, eles estariam sendo levados para colher as sementes, sob quaisquer condições climáticas e sem horário definido de trabalho. O pagamento aos indígenas contratados seria no valor de uma diária de R$ 3. O Correio entrou em contato com a cooperativa e aguarda resposta.
Foram aprovadas, ainda, o convite para Bruce Albert, antropólogo francês e fundador da ONG Comissão Pró-Yanomami; e Jailson Reis de Mesquita, Fundador do movimento garimpo é legal; além das convocações de Deborah de Magalhães Lins, presidente do Conselho Diretor do Instituto Socioambiental (ISA); e Benjamin Benzaquen Sicsu, presidente do Conselho Administrativo da Fundação Amazônia Sustentável.