DEPOIMENTO

Cid comparece fardado à CPMI por orientação do Comando do Exército

O militar, preso desde 3 de maio, chegou ao Congresso Nacional pela manhã para depor fardado. Exército justificou a roupa por conta do vínculo do ex-ajudante de ordens à época dos atos golpistas

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu fardado, nesta terça-feira (11/7), para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. O Exército informou que ele foi com a roupa, pois a oitiva trata de temas referentes a sua atuação na instituição. 

Cid foi convocado para prestar esclarecimentos por ter trocado mensagens sobre um plano de golpe de Estado com o coronel Jean Lawand Junior. Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército informou ao Correio que ele foi orientado pelo Comando do Exército “a comparecer fardado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), pelo entendimento de que o militar da ativa foi convocado para tratar de temas referentes à função para a qual fora designado pela Força”, diz o comunicado.

O ex-ajudante de ordens permaneceu em silêncio durante o depoimento, sem responder nenhum dos questionamentos feitos pelos parlamentares. A convocação é baseada essencialmente na troca de mensagens com teor golpista com o coronel Jean Lawand Junior, pela Política Federal. A descoberta aconteceu durante perícia no telefone celular de Mauro Cid, motivada pela suspeita fraude em cartões de vacinação do ex-presidente, familiares e aliados próximos.

Lawand já foi ouvido pela CPMI e negou que as mensagens façam parte de um plano de golpe de Estado. O militar alegou que tentava pedir ao ex-presidente Bolsonaro apaziguasse os ânimos dos apoiadores que se mostravam insatisfeitos com o resultado das eleições do ano passado, que definiram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República.

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