O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou à Justiça Eleitoral de São Paulo uma ação contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP). A ação, protocolada pela deputada Sâmia Bonfim (Psol-SP), pode levar a inelegibilidade.
Sâmia acusa Zambelli de espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral. Ao analisar um recurso da defesa da deputada, que queria que a ação ficasse no TSE, o ministro decidiu que a competência é da Justiça estadual.
- Zambelli diz que Bolsonaro pode ser preso e é chamada de 'traíra'
- Zambelli pede para seguidores não irem a ato em prol de Dallagnol
- Carla Zambelli arrecada R$ 114 mil para pagar condenações
"A Corregedoria Regional Eleitoral de São Paulo é o órgão competente para o processamento originário da presente ação, em que são partes deputadas federais, eleitas por aquele estado, e em que se discute suposto abuso de poder que teria maculado a eleição da investigada", afirmou Gonçalves.
A defesa de Zambelli afirma que a situação possui conexão com outra, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, incluindo a deputada, figuram como investigados por supostamente espalhar informações falsas sobre o sistema eletrônico. No entanto, para o magistrado, não se justifica a reunião de todas as ações contra congressistas federais no TSE.
Hacker
O hacker Walter Delgatti Neto, que invadiu o celular do senador Sérgio Moro e de outras autoridades, afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que Zambelli o procurou para sugerir a invasão ao sistema da urna eletrônica, e ao e-mail do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, além de ter acatado uma sugestão para a criação de um decreto pela prisão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
O hacker afirmou que não conseguiu invadir o sistema eletrônico de votação e não encontrou nada comprometedor no e-mail de Moraes. As informações sobre o depoimento foram divulgadas pela jornalista Andreia Sadi, do G1, e confirmadas pelo Correio junto a fontes na PF.