O procurador-geral da República, Augusto Aras, usou as redes sociais, no último domingo (9/7), para refletir sobre seu tempo à frente do Ministério Público Federal (MPF). Por meio do Twitter, ele afirmou ter demonstrado, nos últimos quatro anos, disposição para “desestruturar as bases do lavajatismo”.
“Resta saber se todos eles terão a disposição que o procurador-geral demonstrou nesses 4 anos, para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico”, escreveu Aras.
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Após críticas, Aras bloqueou comentários na publicação. O procurador-geral já criticou a Operação Lava-Jato em outros momentos, inclusive durante sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em 2021, ao ser reconduzido ao cargo.
Na ocasião, ele defendeu que “tem o dever de se manifestar no universo do discurso jurídico, primordialmente nos autos, sem espetáculo, sem escândalo, para não macular, para não pré-julgar, para não causar as lesões que estão desprestigiando as condenações ocorridas nos últimos anos”.
Aras foi nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, e reconduzido ao posto em 2021. O mandato acaba em setembro e ainda não se sabe se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável por fazer a indicação ao cargo, irá reconduzi-lo ou apostar em outro nome para o comando do MPF.