A deputada Federal Bia Kicis (PL-DF) criticou, nesta segunda-feira (10/7), no Twitter, a iniciativa do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flavio Dino, em determinar que a Polícia Federal (PF) investigue uma declaração feita pelo parlamentar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em que ele compara professores a traficantes de drogas.
Em sua publicação na rede social, Bia Kicis comentou o tuíte em que Dino anuncia que acionará a PF para apurar as declarações do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O anúncio criticado por Kicis foi feito na manhã desta segunda, no perfil de Flavio Dino, no Twitter. Dino escreveu que determinou "à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos".
Fala de Eduardo Bolsonaro
O discurso de Eduardo Bolsonaro que moveu tanto o ministro da Justiça quanto a deputada pelo DF ocorreu no domingo (9/7), durante um ato pró-armas de fogo, em Brasília. À ocasição, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse não enxergar diferenças entre educadores que, segundo ele, são doutrinadores, e traficantes de drogas.
"Se tivermos uma geração de pais que prestem atenção na criação dos filhos, tirem um tempo para ver o que eles aprendem nas escolas, não vai ter espaço para professor doutrinador querer sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar nossos filhos para o mundo do crime”, alegou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
PGR acionada
No âmbito das investigações do discurso de Eduardo Bolsonaro, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP) acionou a Procuradoria Geral da República (PGR). A denúncia foi comunicada pela deputada em seu perfil oficial no Twitter.
"Eduardo Bolsonaro é um covarde! Num país marcado por atentados contra escolas, utilizar palanque de um evento armamentista pra incitar ódio contra professores e os igualar a bandidos é crime! Não vai ficar impune, estou acionando a PGR contra esse fascista agora mesmo!", escreveu Sâmia.
Conselho de Ética da Câmara
Enquanto Sâmia Bomfim recorreu à PGR para investigar o deputado, o parlamentar Guilherme Boulos (PSol-SP) declarou que vai entrar com uma representação na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.
"URGENTE! Vamos entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro. Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!", escreveu o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no Twitter.