O diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Andrei Rodrigues, disse que irá propor, ainda neste semestre, um projeto para que impeça integrantes da corporação de se filiarem a partidos políticos.
Para o ele, os policiais federais que quiserem se candidatar devem ser exonerados e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos.
Em entrevista ao jornal O Globo, Rodrigues afirmou que a Polícia Federal não é lugar para "fazer política partidária" e destacou que "infelizmente, a instituição foi usada várias vezes". Para ele, isso pode afetar a democracia, "permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio".
O delegado também conta que regulou o uso do símbolo da corporação nas redes sociais "para fins pessoais e atividades não ligadas à instituição", com o objetivo de reduzir o uso indevido de imagem da Polícia Federal.
"Vamos propor neste próximo semestre que policial federal seja proibido de ter filiação partidária. Se quiser se candidatar, terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. Quem quiser fazer política partidária está no lugar errado. Infelizmente, a instituição foi usada várias vezes", afirmou.
"Isso cria um desequilíbrio do sistema democrático, permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio. Nós também regulamos o uso do símbolo da PF nas redes sociais para fins pessoais e atividades não ligadas à instituição. A ideia é evitar uso indevido da imagem da PF", completou.
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