Congresso

Com três ministérios, União Brasil propõe adiar a reforma tributária

Em nota assinada por 37 parlamentares, partido que contabiliza três pastas no governo Lula se posiciona contra a reforma. Divergências entre a legenda e o Planalto estão no centro da crise em torno da ministra Daniela Carneiro

Em nota oficial divulgada na noite desta quinta-feira (6), o União Brasil emitiu posicionamento contrário à votação do relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. O partido que escolheu três ministros do governo Lula quer que o projeto seja votado no segundo semestre.

Entre os 37 signatários do posicionamento estão os deputados Luciano Bivar (PE), presidente da legenda, e Celso Sabino (PA), que vai assumir o Ministério do Turismo assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitir Daniela Carneiro.

A demora para a troca entre Sabino e Daniela é vista com insatisfação dentro do União e é avaliada como uma das razões para o pedido de adiamento. Há cerca de um mês, o partido e o governo fecharam acordo para a troca. Havia uma definição acertada pelo ministro Alexandre Padilha e Waguinho — prefeito de Belford Roxo e marido de Daniela — para a saída da ministra ainda no dia de hoje, mas a tendência é que ela deixe o cargo só após o fim de semana.

Antes da versão oficial, uma outra nota havia sido divulgada à imprensa com a assinatura de 38 deputados. Posteriormente, a assessoria do União Brasil afirmou que o comunicado era um posicionamento do diretório nacional do partido e não tinha relação com a liderança da Câmara. O líder do União na Casa Baixa, deputado Elmar Nascimento (BA), não assinou a nota.

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