O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, em entrevista à BandNews nesta quinta-feira (6/7), que as expectativas para a aprovação da reforma tributária são boas, embora a busca por um consenso continue ao longo do dia.
“É a primeira reforma (tributária) após a redemocratização, não é uma pauta do Executivo, Legislativo ou Judiciário, é uma pauta do país”, defendeu ele.
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O presidente da Câmara espera apoio da maioria dos partidos, mesmo os de oposição, e está conversando, inclusive, com o PL, a maior bancada. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o partido votará contra a “reforma tributária do PT”.
“Não é recomendável que nenhum partido se coloque contra a reforma”, alertou Lira. “Temos que diminuir a temperatura. Essa PEC nasceu no Congresso Nacional, já estamos desde 2019 discutindo essa PEC. Nós tivemos muitos esforços para chegar nos dias de hoje, e acho injusto uma politização de radicalização neste momento”.
Um dos impasses apresentados pelos estados envolve a formação de um Conselho Federativo, formado por representantes dos estados e municípios e responsável pela arrecadação do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS). Para o mais vocal crítico da reforma tributária, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), a medida seria uma ameaça à autonomia dos estados.
Lira, no entanto, declarou que as negociações em torno da questão estão avançando, trazendo mais apoio ao texto.