Fraude

'Sheik dos bitcoins' será ouvido na CPI das Pirâmides Financeiras

Francisley Valdevino da Silva é investigado em processo que apura esquema responsável por prejuízos de mais de R$ 1,1 bilhão a investidores entre 2019 e 2022

Ândrea Malcher
postado em 31/07/2023 23:33 / atualizado em 31/07/2023 23:35
Francisley Valdevino da Silva é investigado por causar a investidores prejuízos de mais de R$ 1,1 bilhão entre 2019 e 2022, com a empresa Rental Coins -  (crédito: Reprodução)
Francisley Valdevino da Silva é investigado por causar a investidores prejuízos de mais de R$ 1,1 bilhão entre 2019 e 2022, com a empresa Rental Coins - (crédito: Reprodução)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que analisa as pirâmides financeiras com criptomoedas, ouvirá, na quinta-feira (3/8), Francisley Valdevino da Silva, o “Sheik dos bitcoins”. Ele é investigado por supostamente ter participado de um esquema que causou a investidores prejuízos de mais de R$ 1,1 bilhão entre 2019 e 2022.

O Ministério Público Federal do Paraná apresentou uma denúncia contra a empresa de Francisley, a Rental Coins, que alugava criptomoedas, pelos crimes de constituição de organização criminosa, estelionato, obtenção de ganhos ilícitos, lavagem de dinheiro internacional e oferta de valores mobiliários sem registro.

A oitiva atende ao requerimento do deputado Júnior Mano (PL-CE), que justificou o pedido alegando que o depoimento será voltado para “obter informações detalhadas sobre as atividades da Rental Coins, o funcionamento do esquema de pirâmide financeira, a forma como os investidores foram lesados e quais medidas serão tomadas para ressarcir os prejuízos causados".

Um requerimento que deve ser apreciado no retorno do recesso parlamentar é de autoria do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Ele protocolou, na última quinta (27), um pedido para que dois atores também sejam convocados como investigados “a fim de que prestem esclarecimentos acerca das suspeitas de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas envolvendo a empresa Atlas Quantum”, diz um trecho do documento.

A empresa, fundada em 2018, é um dos alvos da CPI pelo prejuízo de cerca de R$ 7 bilhões a mais de 200 pessoas, após afirmar ter um “robô de arbitragem”, o Quantum, para a compra automatizada de criptoativos, com a promessa de altos lucros. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu que a empresa seguisse ativa em agosto de 2019, por suspeitas de crime contra o mercado financeiro. Os atores faziam publicidade para a Atlas Quantum.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação