Reforma ministerial

Chance de Lula dar Bolsa Família ao Centrão "tende a zero", diz líder

A jornalistas nesta segunda-feira (31/7), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), avaliou ser improvável a entrega de um ministério estratégico para o PT

Victor Correia
postado em 31/07/2023 17:17 / atualizado em 31/07/2023 17:21
Jaques Wagner:
Jaques Wagner: "A entrega de um ministério que tem a cara dele [de Lula] para um partido que não tem história com a gente é problema" - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), declarou nesta segunda-feira (31/7) que "tende a zero" a chance de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregar o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome a partidos do Centrão. A pasta é liderada por Wellington Dias.

O senador também declarou que uma reforma ministerial feita para um fim específico, como a que se desenha agora para aumentar a base governista no Parlamento, sempre causa confusão.

"Acho que essa expectativa tende a zero. Isso aí não é problema meu, mas a entrega de um ministério que tem a cara dele [de Lula] para um partido que não tem história com a gente, isso é problema. Atiraram na Saúde, e agora atiraram no Wellington. Quem será o próximo?", comentou Jaques Wagner ao ser questionado por jornalistas no Palácio do Planalto, após evento para sanção do Programa Escola em Tempo Integral.

Pasta cobiçada

Com a troca ministerial à vista, legendas do Centrão cobiçam o cargo de Wellington Dias, como o PP. A pasta é a responsável pelo Bolsa Família, principal programa do PT. Por isso, é considerado improvável que o Centrão obtenha o controle do ministério. O próprio presidente Lula já declarou publicamente que não vai ceder.

Questionado sobre ser boa ou ruim a maior participação do Centrão no governo, Jaques Wagner respondeu que "a realidade é como ela aparece". O senador afirmou ainda que, se fosse uma reforma mais ampla, com tempo de um ano seria possível encaixar todo mundo.

"Como ela não é ampla, ela é específica para um determinado fim, que é correto, para tentar ampliar a base tanto no Senado quanto na Câmara... Evidentemente que, para dar, você tem que tirar. E para tirar é sempre confusão", pontuou.

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