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Marcha no Rio celebra Julho das Pretas e cobra respeito

Evento realizado na Paria de Copacabana contou com importantes representes das mulheres negras, como a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), a deputada federal Benedita da Silva e a escritora Maria da Conceição Evaristo

Mayara Souto
postado em 31/07/2023 03:55
Anielle, Benedita e a mãe, Marinete: luta pela definitiva inclusão -  (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Anielle, Benedita e a mãe, Marinete: luta pela definitiva inclusão - (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, participou, ontem, da 9ª Marcha das Mulheres Negras do Rio de Janeiro. O evento encerrou o Julho das Pretas, iniciativa dedicada a fortalecer e unir agendas do movimento para debater a desigualdade de gênero e raça.

A marcha percorreu a Praia de Copacabana. Nas redes sociais, a ministra salientou que "a gente está aqui numa construção, dizendo que as mulheres negras são donas do seu protagonismo, dos seus espaços. E a cada ano, esta marcha está mais lotada".

Anielle esteve na caminhada ao lado da mãe, Marinete da Silva, e da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). O evento também serviu para celebrar a memória da vereadora Marielle Franco — assassinada em 2018 e cujas investigações começaram a andar, depois de cinco anos sem qualquer alterações sobre quem matou a parlamentar e seu motorista, Anderson Gomes, e qual a motivação do crime.

"A Mari participou a última vez em 2017, mas eu, minha mãe e minha família estamos sempre aqui. Minha irmã não está conosco, hoje, conosco em corpo. Mas está presente, com toda certeza", disse Anielle.

"Vamos marchar não só hoje e mostrar que a gente não está dispersa. Pelo contrario: somos diversas, mas estamos unidas", acrescentou Anielle, salientando que trabalhará para construir políticas públicas para que sejam "mais eficazes para mulheres negras".

A escritora Maria da Conceição Evaristo, presente à marcha e autora de uma produção literária que combate a opressão do povo negro, leu o manifesto de abertura do evento. "Vamos ocupar uma das orlas brasileiras de maior visibilidade, é um ato de coragem e denúncia. Marchamos pelo bem viver. O bem viver convoca a uma política de participação coletiva da população negra, de construção de poder horizontal e de distribuição dos lugares de decisão para mulheres negras", disse a escritora, que, neste mês, inaugurou um centro cultural na região conhecida como Pequena África, no Rio de Janeiro. (Com Agência Brasil)

 

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