Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, afirmou neste sábado (29/7) que antes de pensar em empreendedorismo para pessoas que moram em territórios conflagrados e violentos, o Estado primeiro precisa implementar políticas de redução ou de eliminação da letalidade. “Não tem como fazer economia sem gente, esse é o ponto fundamental”, disse em entrevista à imprensa.
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A afirmação foi feita durante a Expo Favela Innovation, uma feira de negócios, cujos expositores são empreendedores e startups da favela. O evento acontece nos dias 29, 30 e 31 de julho, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Almeida participou do painel de discussão Reflexões sobre Economia, favela e direitos humanos. O objetivo é dar visibilidade para iniciativas e, assim, promover um palco para encontros com investidores que possam acelerar empreendimentos e gerar negócios, a partir das oportunidades que nascerão no evento.
“Pensar em empreendedorismo, pensar em economia é juntar essa dimensão Direitos Humanos com Economia. Não tem como haver empreendedorismo se você tem um território conflagrado, violento, se as pessoas estão com a vida ameaçada e não se sentem seguras. A gente precisa dar condições primeiro de olhar para esses territórios onde tem mais violência. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) tem que estar lá junto com outros ministérios, implementar políticas de redução ou de eliminação da letalidade e aí então podemos falar de empreendedorismo”, explicou Silvio.
O ministro do MDHC, ainda explicou sobre a importância de discutir o tema. “Falar de empreendedorismo é falar de futuro. Falar da capacidade das pessoas em projetar o futuro, de pensar uma nova vida e uma vida melhor para sua família. Se a gente descuida dos direitos humanos, dessa dimensão de proteção da vida, a gente não tem como falar em empreendedorismo”, finalizou.
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