A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (26), o jornalista Allan Frutuozo, suspeito de tentar invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte de Brasília, em ataque que ocorreu no dia 12 de dezembro do ano passado. Allan foi detido enquanto tentava embarcar para a Argentina por meio do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A detenção ocorreu após o sistema de alerta da corporação instalado no terminal disparar.
O comunicador é alvo de um mandado de prisão expedido pela 15ª Vara Federal de Brasília, ainda no ano passado. O inquérito em que ele é um dos citados foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nestes casos, para que a prisão seja efetuada, é necessário que o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, ratifique o mandado. A investigação segue em sigilo e não foi possível verificar se este requisito foi cumprido.
Pelas redes sociais, quando já estava detido pela PF, Alan alegou que se trata de "prisão política", disse que não sabia do mandado e alegou que ficou na unidade da PF enquanto os agentes avaliavam o que fazer com ele.
"Tenho endereço fixo, por que nunca foram atrás de mim até agora. É inexplicável essa detenção sem flagrante e sem mandado", declarou. Alan teria aparecido em imagens captadas por câmeras de segurança da Asa Norte, durante os ataques de dezembro. Na ocasião, oito veículos foram destruídos e diversos bens públicos foram depredados, inclusive a 5ª Delegacia de Polícia Civil.
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O ato começou após a prisão do indígena José Acácio Serere, acusado de incitação a atos antidemocráticos. Alan é suspeito de envolvimento com ações parecidas. O Ministério Público afirma que ele participou da tentativa de invasão e que foi filmado também por imagens publicadas na internet.
"As condutas criminosas perpetradas resultaram em distúrbio civil nos arredores do prédio sede da Polícia Federal com a incidência dos delitos de dano qualificado a bem da União", diz um trecho da manifestação do órgão.