O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a novo procedimento no quadril direito, por causa das dores que tem enfrentado, decorrentes de uma artrose na cabeça do fêmur.
Lula esteve, nesta quarta-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde passou por uma denervação percutânea, minimamente invasiva, que consiste na aplicação de uma injeção na raiz nervosa.
O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico particular do presidente, viajou de São Paulo a Brasília para atendê-lo. Em nota, o Planalto informou que o procedimento foi realizado sem intercorrências e que o chefe do Executivo deve cumprir agenda no Palácio da Alvorada até esta quinta-feira.
A informação inicial, no entanto, era de que o petista se submeteria a um novo processo de infiltração no quadril.
Esta é a segunda vez, em quatro dias, que Lula passa por um tratamento para amenizar o desconforto. No domingo, ele fez exames no Sírio-Libanês, em São Paulo, e uma infiltração.
A agenda oficial desta quarta-feira do presidente, que costuma ser divulgada na noite anterior, não foi informada. Porém, para esta quinta-feira, foi desmarcado um encontro com o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña. A reunião deve ocorrer nesta sexta-feira. O Planalto ainda cancelou um café com jornalistas estrangeiros. Também nesta sexta, há previsão de que Lula participe da cerimônia de formatura de novos diplomatas do Instituto Rio Branco, no Palácio do Itamaraty.
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Cirurgia
Em diversas ocasiões o chefe do Executivo demonstrou que tem sofrido com o desgaste na cartilagem que reveste as articulações. Durante uma live na terça-feira, ele anunciou que, em outubro se submeterá a uma cirurgia de artroplastia de quadril, que substitui a articulação "doente" por uma prótese.
"Eu tomei uma decisão: vou operar o quadril nos próximos meses. É um procedimento bem simples. A dor me deixa de mau humor, e eu quero ficar de bom humor, porque eu assumi um compromisso para que o Brasil dê certo. E vai dar certo", explicou. "A engrenagem do motor já está funcionando, e as pessoas, sentindo o país melhorando", acrescentou.
Na ocasião, Lula justificou que não queria passar pela cirurgia para não ter de adiar compromissos internacionais, como a reunião do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que será em agosto, em Joanesburgo; e da Cúpula do G20, na Índia; e da sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, marcadas para setembro.
Segundo o petista, os médicos avisaram que o procedimento deve levar cerca de 2h30. "O médico me disse que, dependendo do estado físico, três horas depois já posso dar passinhos com andador e depois (a recuperação) vai depender da minha disciplina", emendou, na live.
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