FILIAÇÃO

Fernando Holiday: "Bolsonaro está filiando um negro meio veado"

Holiday se assumiu bissexual em abril deste ano e revelou ter namorado uma mulher; já Bolsonaro afirmou que bater nos filhos 'muda comportamento' homossexual

Estado de Minas
postado em 26/07/2023 07:58 / atualizado em 26/07/2023 07:58
Fernando Holiday se dizia gay, mas não se relaciona com homens por acreditar ser pecado
 -  (crédito: Reprodução / Redes Sociais))
Fernando Holiday se dizia gay, mas não se relaciona com homens por acreditar ser pecado - (crédito: Reprodução / Redes Sociais))

Antes um contumaz crítico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador por São Paulo, Fernando Holiday brincou, no evento de sua filiação nesta terça-feira (25/7), com a fama de homofóbico e racista do político.

"A imprensa sempre dizendo que o senhor é homofóbico, racista, aqui filiando um negro meio viado", afirmou causando risadas e aplausos entre os presentes.

Ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Fernando Holiday declarou, em 2018, que apesar de se declarar gay ele não se envolvia com pessoas do mesmo sexo por "namorar outro homem ser pecado". Também afirmou que essa era a única forma de não pecar sendo um homossexual católico.

Em abril deste ano, ele se assumiu bissexual, por meio de uma postagem nas redes sociais, na qual revelou ter se relacionado com a advogada Musa Miranda, também integrante do MBL.

Já Bolsonaro, que anda participando de uma série de eventos pelo Brasil, afirmou em entrevista em 1997 que "ninguém gosta de homossexual, a gente suporta".

Em outras oportunidades, o ex-presidente afirmou que os pais deveriam bater nos filhos para "mudar o comportamento", caso suspeitassem que fosse homossexual, e que "nenhum pai tem orgulho de ter um filho gay".

Enquanto era líder do Executivo, Holiday chamou o ex-presidente de "jumento" e "corrupto". O vereador também classificou a família Bolsonaro de "quadrilha de quinta categoria". O recém filiado ao Partido Liberal afirmou, recentemente, que se arrepende de suas falas.

Vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), que foi chamado de "bandidinho de merda pgo com dinheiro público" pelo paulista, classificou o apoio do pai ao novo quadro do PL de "surreal".