Um pequeno grupo de opositores ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na Praça da Liberdade, na manhã deste domingo (23/7), para organizar o movimento "Fora Lula". Com quase sete meses de mandato do novo governo, os manifestantes expressam seu anti-petismo e querem o impeachment do chefe do poder Executivo.
Com o clássico uniforme amarelo da Seleção Brasileira e bandeiras do país, os populares se reuniram em frente ao coreto da praça, na região centro-sul de Belo Horizonte. Segundo os organizadores, a intenção era distribuir adesivos "Fora Lula" e conversar com simpatizantes do movimento e pessoas do grupo.
A reunião foi organizada pelo movimento "Direita BH", liderado pelo comerciante Cristiano Reis. "A primeira coisa que vocês (manifestantes) tem que entender, é que a pauta ‘Fora Lula’ não vai trazer problema pra ninguém. É uma pauta democrática dentro do entendimento da justiça brasileira. É um direito nosso dizer: ‘O Lula não nos representa’", disse.
Para Cristiano, o momento dos movimentos de rua retrocedeu para dez anos atrás, quando manifestantes protestavam contra a então presidente Dilma Rousseff (PT). "Lembro que em 2013, quando começamos esse trabalho, era meia dúzia de gato pingado. De repente estourou aquelas grandes manifestações, principalmente com a Lava Jato", continuou o comerciante.
Entre outros motivos que levam o grupo às ruas, o organizador ainda destacou que Lula tem trabalhado para fortalecer as ditaduras na América Latina. A aproximação do presidente com regimes não democráticos gerou críticas nos últimos meses e deputados do núcleo Bolsonarista na Câmara protocolaram um pedido de Impeachment.
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No entanto, o afastamento do petista da presidência é improvável.
Um casal que não quis se identificar destacou os movimentos mais recentes do presidente para conseguir apoio no Congresso Nacional e aprovar matérias de interesse. "A gente já conhece o PT de anos de corrupção. Agora estão chamando o ‘Centrão’ para participar do governo, comprando os deputados por aparelhamento das estatais", disseram.
As críticas também se estenderam à atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que o judiciário já dá sinais de repressão. "O governo está criando uma lei que pune em 40 anos de prisão quem agredir ou ofender autoridades. Já vivemos em uma ditadura, só falta implantar o comunismo", pontuou o casal.