A entrada do ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) no governo federal começa a enfrentar empecilhos. Como adiantou o Correio, uma denúncia do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a Wyllys dificultou a indicação do ex-deputado a um cargo cobiçado na Secretaria de Comunicação (Secom).
Em entrevista ao portal g1, nesta quinta-feira (20/7), o ministro da Secom, Paulo Pimenta, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não prometeu nenhum cargo a Jean Wyllys.
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"Promessa de cargo é uma coisa meio vaga. Nunca houve promessa. O presidente conversou com ele, entrou em contato com ele. O Jean foi para a Bahia, não conversei com ele esta semana. Não tem nada no horizonte, não sei", disse o ministro.
Polêmica
De volta ao Brasil no começo do mês, Wyllys foi recebido por Lula e Pimenta no Palácio do Planalto. Informações de bastidores começavam a apontar que ele assumiria algum cargo como assessor de planejamento da comunicação governo Lula.
No entanto, a polêmica envolvendo o embate com Leite acabou mudando o curso das negociações. A confusão começou quando Wyllys criticou Leite após o governador afirmar que iria manter no estado o programa de escolas cívico-militares, que foi encerrado por parte do governo federal. O ex-congressista afirmou que o chefe do governo gaúcho tem “fetiche” por “uniformes”.
“Que governadores héteros de direita e extrema direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então”, questionou Wyllys.
Eduardo Leite respondeu que vai ingressar com uma ação criminal por conta das ofensas que sofreu. "Jean Wyllys dispara também ataques a uma decisão que eu tomei como governador. Ele pode não concordar, ter outra visão, mas tenta associar essa decisão a minha orientação sexual e até a preferências sexuais. Por isso, entrei com uma representação contra ele, por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia”, afirmou o governador.
Na avaliação de fontes palacianas, a nomeação é política e não técnica. No entanto, o constante envolvimento de Jean Wyllys em polêmicas, e agora em uma situação de suposta homofobia, pode representar um custo político muito elevado e prejudicar a imagem do Executivo.
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