O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), acionou o Ministério Público contra o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) por falas consideradas homofóbicas. Em vídeo publicado nesta quinta-feira (20/7) no Twitter, Leite afirmou ter sido vítima de "homofobia, preconceito e discriminação" por parte de Wyllys, que o chamou de “gay com homofobia internalizada", além de ter feito insinuações sobre as preferências sexuais do governador.
"Jean Wyllys dispara também ataques a uma decisão que eu tomei como governador. Ele pode não concordar, ter outra visão, mas tenta associar essa decisão a minha orientação sexual e até a preferências sexuais. Por isso, entrei com uma representação contra ele, por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia”, afirmou o governador.
A exemplo do que fiz quando fui atacado com declarações homofóbicas por Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro, decidi ingressar com representação contra Jean Wyllys pelas falas preconceituosas e discriminatórias contra mim. Entenda no vídeo a seguir. pic.twitter.com/3RpsfoeCPs
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) July 20, 2023
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Discussão nas redes sociais
Jean Wyllys e Eduardo Leite discutiram na noite da última sexta-feira (14) nas redes sociais. O bate-boca foi motivado pelas escolas cívico-militares, modelo educacional criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Encerrado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada, o projeto foi mantido por parte dos governadores, entre eles Leite. O governador fez uma publicação em suas redes de um print de uma reportagem do G1 e disse que o governo do Rio Grande do Sul iria continuar com as escolas cívico-militares.
A discussão gerou quase 4 milhões de visualizações e foi um dos assuntos mais comentados no Twitter nos últimos dias. “Que governadores héteros de direita e extrema direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então”, questionou Wyllys.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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