Trama golpista

Marcos do Val presta novo depoimento à PF nesta quarta (19)

Senador acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de conspirar contra o então presidente do Supremo, Alexandre de Moraes, visando anular o resultado da eleição presidencial

Ândrea Malcher
postado em 19/07/2023 16:14 / atualizado em 19/07/2023 16:16
Em junho, Marcos do Val foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão. A ação foi autorizada por Moraes que determinou, ainda, que o senador prestasse depoimento -  (crédito: Divulgação/Senado)
Em junho, Marcos do Val foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão. A ação foi autorizada por Moraes que determinou, ainda, que o senador prestasse depoimento - (crédito: Divulgação/Senado)

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) chegou à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta quarta-feira (19/7), às 13h09, para prestar novo depoimento sobre planos golpistas, divulgado pelo próprio parlamentar. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ouvido na semana passada sobre o mesmo caso. Segundo Do Val, o ex-deputado Daniel Silveira também estaria envolvido no caso.

O parlamentar denunciou, em suas redes sociais, uma reunião organizada por Silveira e Bolsonaro para propor que o senador participasse de um plano para um golpe de Estado.

Marcos do Val, à época, contou que a ideia era gravar uma conversa entre ele e o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tentando induzir o magistrado a dizer algo que sugerisse estar extrapolando os limites constitucionais. De acordo com essa versão, a gravação faria com que os aliados de Bolsonaro pedissem pela prisão do ministro e anulação do resultado da eleição do ano passado, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor.

Computadores, pen drives e um telefone celular

Em 15 de junho, o senador foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão em seus endereços. A ação foi autorizada por Moraes que determinou, ainda, que Marcos do Val prestasse depoimento. Foram recolhidos em seu gabinete e residências de Brasília e Espírito Santo computadores, pen drives e um telefone celular.

O motivo da operação teria sido versões divergentes do caso apresentadas pelo suspeito e as contas em redes sociais de Do Val foram bloqueadas, por decisão do STF. O senador negou, após a operação da PF, ter apresentado mais de uma versão da reunião golpista.

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