Argentina, Brasil, Colômbia, França e União Europeia emitiram nesta terça-feira (18/7) uma declaração conjunta pedindo que a Venezuela realize eleições justas e transparentes no ano que vem, podendo levar ao encerramento das sanções contra o país sul-americano.
O documento foi emitido após reunião entre governo de Nicolás Maduro e oposição da Venezuela, ontem (17), intermediado por representantes dos países que assinam a nota, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Além de Lula, estiveram presentes os presidentes da França, Emmanuel Macron, da Colômbia, Gustavo Petro, da Argentina, Alberto Fernández, o Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e o negociador-chefe da Plataforma Unitária da oposição venezuelana, Gerardo Blyde.
"Os chefes de Estado e o Alto Representante instaram o governo venezuelano e a plataforma unitária da oposição venezuelana a retomar o diálogo e a negociação no âmbito do processo do México, com o objetivo de chegarem a um acordo, entre outros pontos da agenda, sobre as condições para as próximas eleições", diz a nota, divulgada pelo Planalto.
Suspensão de sanções
Em novembro do ano passado, governo e oposição da Venezuela assinaram um acordo após tratativas no México, visando medidas especialmente na área social. Com isso, os Estados Unidos aliviaram parte das sanções ao petróleo venezuelano.
A declaração divulgada hoje pede "eleições justas para todos, transparentes e inclusivas", com participação de qualquer candidato que deseje competir. Ela também pede que sejam respeitados os tratados internacionais, e que outros país possam acompanhar o processo. Até o momento, a Venezuela sinalizou que não permitirá observadores da União Europeia nas suas eleições.
"Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa", frisa o documento. Além dos Estados Unidos, a União Europeia impõe fortes sanções ao país. Os signatários também pedem que um novo balanço sobre as negociações seja feito no Fórum da Paz de Paris, marcado para 11 de novembro deste ano.
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