Poder

"Relação com Congresso é a melhor em décadas", diz Lula

Presidente afirmou que a melhora na articulação não foi motivo da aprovação recente de projetos na Câmara e defendeu a autonomia dos poderes. Segundo o presidente, "o país vai voltar à normalidade"

Rafaela Gonçalves
postado em 13/07/2023 16:08 / atualizado em 13/07/2023 16:36
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (13/7), que a relação entre o Executivo e o Congresso Nacional vive o melhor momento das últimas décadas. "O país vai voltar à normalidade. A relação com o Congresso Nacional vive possivelmente o melhor momento das últimas décadas", disse, durante cerimônia de sanção do novo Minha Casa, Minha Vida.

Nas últimas semanas, a Câmara dos Deputados aprovou duas pautas prioritárias para o governo: a reforma tributária, que vem sendo discutida há décadas, e a volta do voto de qualidade a favor da União no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Segundo Lula, a melhora na articulação não foi o motivo da aprovação dos projetos. "As pessoas se assustaram de como a Câmara aprovou a política tributária, como aprovou o Carf. Aprovou porque é para o Brasil, não é para nós, não é para o PT, não é para o Lula. Aprovou porque as pessoas estão percebendo o momento histórico que o Brasil está vivendo. Se a gente souber cuidar com carinho do momento político, essa será a década do Brasil", declarou.

“O Senado é uma instituição independente da Presidência da República. Ele não precisa pedir licença pra mim ou fazer favor. A Câmara vive também um momento de as pessoas se assustarem com a aprovação da tributária e do Carf. Aprovou porque é para o Brasil, não é para nós, não é para o PT, não é para o Lula”, enfatizou.

Críticas ao BC

Na sequência, Lula voltou a fazer críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto: “O presidente do Banco Central tem que entender que ele não é dono do Brasil.” Para o presidente, “o governo não está pedindo nenhum absurdo”, ao pedir pelo corte na taxa básica de juros (Selic), que está em 13,75% ao ano, desde agosto do ano passado.

“Os juros precisam ser menores para facilitar que os empresários possam tomar crédito, para facilitar que a economia volte a crescer, para facilitar que pequeno e médio empreendedor possa financiar seu negócio. É só isso. O que estamos querendo demais? Nada”, disse.

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