Esplanada

Lula: Ministério do Desenvolvimento Social é meu, esse não sai

A pasta é responsável por programas sociais, como o Bolsa Família, e está na mira do Centrão. Segundo o presidente, a Saúde também não entrará na troca

Victor Correia
postado em 13/07/2023 13:35 / atualizado em 13/07/2023 20:48
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministro Wellington Dias (PT) -  (crédito: Roberta Aline / MDS)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministro Wellington Dias (PT) - (crédito: Roberta Aline / MDS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (13/7), que não vai abrir mão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, chefiado por Wellington Dias, assim como da pasta da Saúde, de Nísia Trindade. Em recado à articulação de partidos do Centrão que querem integram a Esplanada, o pestistadisse também que "é o governo que oferece o ministério", e não os partidos que decidem quais vão assumir.

Segundo o chefe do Executivo, quando realizar a troca ministerial, após o recesso parlamentar, fará tudo "à luz do dia". "Esse ministério é um ministério meu. Esse ministério não sai. A Saúde não sai. Sabe, não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério. É o governo que oferece o ministério. É só fazer uma inversão de valores", disse, em entrevista à Record TV após ser questionado sobre a possibilidade de ceder o ministério do Desenvolvimento Social ao Centrão.

Nos bastidores, integrantes do PP e do Republicanos pressionam para assumir a pasta, que tem um dos maiores orçamentos do governo. Ela, porém, é considerada estratégia para o PT por ser responsável pelo carro-chefe do governo Lula, o programa Bolsa Família, além de outras medidas sociais.

Recesso parlamentar

Lula também criticou as discussões que circulam sobre a reforma ministerial que está no radar. Ele frisou que não quer "conversa escondida" e que anunciará quando decidir sobre as mudanças na Esplanada. Outros órgãos também estão na mira do Centrão, como a Caixa Econômica Federal e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

"A hora que voltar o Congresso Nacional, que eu for juntar os líderes dos partidos que eu vou conversar, toda a imprensa vai ficar sabendo o que eu conversei com cada um. O que foi ofertado para a participação no governo, e o que o governo quer estabelecer de relação com o Congresso até o final do mandato", pontuou o presidente. "Eu já troquei tanta gente, que as pessoas vão perceber que, quando eu fizer as mudanças que eu tenho que fazer, com os acordos que eu puder fazer com os partidos políticos, todo mundo vai saber", completou.

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